terça-feira, 26 de agosto de 2014

Iae pessoal beleza ? 
Mais uma resenha rapidinha aqui para vocês, então sem mais delongas vamos direto ao assunto. Sexta no mais tardar sábado sai uma matéria sobre a Bienal do livro 2014 aqui de São Paulo.



Introdução


O quanto é estranho pensar no Alan moore em relação ao cinema, bem é realmente uma combinação explosiva, mas na década de 80 durantes o processo de criação de algumas de suas mais conhecidas obras, Moore estava disposto a participar deste tipo de projeto sem o menor problema. Oque resultou em um roteiro para um filme com um visual totalmente gótico, que teria sido feito em conjunto com o Sex Pistol. A ideia simples era fazer um filme com ideias básicas, o mago cumpriu com sua parte no contrato mas infelizmente (ou felizmente), o filme nunca saiu do papel.
Até que anos depois, um escritor parceiro da Avatar (a editora que vem publicando boa parte dos materiais atuais que o Alan vem escrevendo os últimos anos, decidiu que queria apostar nesse suposto roteiro que estava parado em sua "gaveta" a tantos anos, e oque resultou dessa composição foi esta obra. 


Uma enganação?


O principal item que você identifica quando olha para a HQ em qualquer banca, é o grande nome estampado ALAN MOORE, mas isso foi uma bela jogada para vender mais, para aqueles que não acompanham direito, as noticias relacionadas a HQ's poderiam ter apenas comprado e terem tido uma surpresa ao começarem a ler, pois na verdade foi outra pessoa que escreveu a história baseada no roteiro que o moore escreveu, dentro da própria história a única coisa que tem algo realmente feito por ele é o prefácio que é bem grande na qual ele descreve o processo de criação e etc.

A história (Sinopse)



Basicamente é uma versão de A Bela e a Fera inserida dentro do universo da moda em uma cidade não especificada e distópica, estrelada por dois personagens principais andróginos. Doll Seguin é uma mulher que parece homem e Jonathan Tare é um homem que parece mulher.
Doll vai procurar emprego de modelo na empresa de Celestine, o fashionista mais poderoso da cidade. Este, um sujeito recluso, excêntrico e deformado, fica imediatamente encantado por ela e a transforma na estrela de sua grife, onde Jonathan, que não se entende muito bem com Doll, trabalha como assistente. E ao decorrer da história, vamos acompanhando a história dos três Celestine, Doll e Jonathan em seus altos e baixos.

A Arte 


O melhor ponto da história é a arte que é brilhantemente desenhada por Facundo Percio, um ser que nunca tinha ouvido falar até o momento mas que impressiona com seus traços principalmente de expressões faciais, e ambientação, por se passar em um mundo poluído onde um chamado inverso radioativo está chegando (os motivos não desse cenário apocalíptico não são apresentados), e por isso podemos ver tudo muito escuro e sombrio menos as roupas que parecem querer tirar as pessoas dessa "tristeza".

Analise 


Como em todo trabalho que tem alguma influência do Moore a ideia de tentar ter uma coisa mais mundana, é presente no trabalho, tratando de temas bem reais, e em certos momentos lutando para dar uma crítica a sociedade Fashion real da qual estamos acostumados, em diversos momentos isso é mais do que evidente e esse trabalho é feito com sucesso. Em outros acaba exagerando um pouco e chegando até a ser desnecessário, mas fazendo uma média ele retrata bem as situações extremas que essa industria pode aplicar.
É uma bela obra, divertida de se ler e em alguns momentos prende muito a atenção, não é uma leitura demorada ao contra é bem fluída e tranquila, sendo um encadernado fechado de 276 páginas com extras de capas variantes no final. Está longe de ser uma obra prima, mas é um bom item a ser ler além de valer a pena ter na prateleira. 

História: 7/10
Arte: 10/10
Editora: Panini Books
Preço: R$29,90
Nota Final: 8,5/10