quinta-feira, 1 de outubro de 2015



É bem curioso o fato de que foi Tolkien e sua obra que me fizeram criar a Runic, me uniu com meus amigos hoje em dia e tão pouco eu escrevo sobre ele, sobre seu legado. Pois então aqui está um pouco sobre lições de o Hobbit para um homem.

O hobbit tem sido um dos livros favoritos de crianças e adultos desde que foi lançado em 1937. Ele é usado claro como uma prévia dos acontecimentos que seguiram em Senhos dos Anéis, mas com o filme que foi lançado alguns anos atrás foi reacesa uma chama de interesse no coração das pessoas, para as aventuras de Bilbo Baggins.

Da primeira vez que foi lançado foi colocado nas prateleiras como livro infantil, (ainda hoje se for levar em consideração a história e não sua profundidade) é possível encontrar ele classificado como um livro infantil. O próprio tolkien, contudo, disse que um conto simples tal como O Hobbit, poderia ser apreciado tanto por crianças quanto por adultos, fazendo desta uma ótima história para se ler com seus filhos.

No livro Bilbo Baggins é recrutado por um mago, Gandalf, para se juntar a um grupo de anões em uma aventura. São esses 13 anões que foram exilados de sua casa, a montanha solitária, por um dragão (Smaug), nessa montanha há quantias incalculáveis de ouro, ouro esse que atraiu o dragão para o local, desde que foi tomada ninguém tentou enfrentar o dragão e reivindicar o tesouro para si, então os treze anões mais Bilbo partem para começar essa missão que deverá terminar com a luta e a tentativa de conquista da montanha. Ai está uma sinopse simples típica de um conto infantil, mas há tanto a se estudar no Hobbit, só que o objetivo desse post é apenas conseguir focar em alguma dessas lições, então vamos lá.

1. Você pode desejar conquistar grandeza não importa quem você seja, idade e fase de vida: Isso pode parecer extraordinariamente clichê, mas você realmente acredita nisso? Ao contrario do que aparenta nos filmes e do que muitas pessoas podem pensar Bilbo já tinha 50 anos, (sem levar em consideração o fato das raças de Tolkien terem uma expectativa de vida maior do que o comum) , quando partiu em sua aventura com a Guilda de Torin. Ele tinha "Nenhum pouco de algo especial"e também "Não gostava de ser audacioso". Ele estava no ápice da sua meia-idade, alguém que não tinha nenhuma vontade de "apimentar" sua vida. Até disse "Nós somos simples, quietos e não temos interesse em aventuras. Aquilo que perturba, incomoda e é desagradável. Te atrasa para o jantar".

E mesmo com todos essas recusas em aceitar uma aventura, Bilbo se tornou o herói da nossa história. Ele frequentemente desejava e almejava o retorno para sua casa, mas continuava se forçando a continuar. Até chegou a um ponto que ele sentia um desejo interior por continuar ainda mais com aquilo, quase como um grito de necessidade. Então eis a decisão a ser tomada ao passar dos anos em sua vida, tu serás um pote vazio de histórias a se aposentar com uma vida, confortável? Ou você vai dizer sim para seus sonhos e desejos, para as aventuras que anseia talvez a muito tempo? Se em algum momento você sentir algo no seu interior que talvez de diga que você não consegue começar seu próprio negócio, que você é velho demais para viajar o mundo, libere seu "Bilbo interior", de o primeiro passo para fora de casa, e continue andando.

2. Um grande líder sabe quando é hora recuar e "deixar livre": Há uma quantidade grande de lições sobre liderança, que podemos aprender com Gandalf tanto em sua sabedoria quanto com suas ações, mas é seu sábio método de orientação que se destaca. Ele viajou muito com Bilbo e os anões mas no final das contas acabou deixando eles para que tomassem suas próprias decisões. Ele diz "Na verdade estamos mais a leste do que eu jamais pensei em chegar com vocês, além do mais esta não é minha aventura".

Um grande líder e mentor vai certamente dar suporte aos seus seguidores, especialmente no inicio. Mas sempre chega um ponto onde a ajuda deve acabar. É difícil pois significa que você deve confiar na pessoa com qualquer que seja a tarefa que tenha sido encarregada de fazer. O líder esta desistindo de ter o controle da situação, onde essa ideia de "desistir do controle" é sempre algo difícil para qualquer ser humano. Por exemplo pense no que um grande treinador faz, ele ensina e aconselha o quanto ele pode, mas no final das contas não é ele que vai vencer o jogo, ele deve dar a confiança nos jogadores seus "seguidores e discípulos", essa mesma linha de pensamento pode ser encontrada nos laços paternos, as crianças são levadas pelas mãos, guiadas por seus pais o máximo que eles podem, mas chega o momento que elas devem ser deixadas seguir sozinha para fazer seu próprio caminho, e mesmo que elas cometam erros é necessário dar espaço para que as mesmas possam encontrar meios de contornar seus erros.  

3. Há coisas na vida que apenas devemos conquistar por conta própria: Tal como foi dito no último post sobre a importância de recuar e seguir em frente, sempre vai haver a necessidade de conquistar desafios muitas vezes, sozinhos. Talvez a passagem que de maior importância no filme e no livro que representa tal feito é quando Bilbo mata a aranha gigante sozinho. De alguma forma diferente ter matado aquela aranha, no escuro, sem a ajuda de Gandalf ou dos anões, ter feito isso sozinho fez uma grande diferença para Sr. Bolseiro se sentir diferente.

Posso relatar sobre isso, mas de uma forma muito inferior ao feito do livro. Mas para aqueles que estão lendo esse post a facilidade de vocês relatarem algo para vocês mesmo é bem melhor, lembrem daquele momento onde você alcançou um objetivo sozinho, com sua luta e seu esforço. O quanto melhor você se sentiu em imaginar que com seu trabalho duro onde você poderia chegar? 

4. Simplesmente continuar é uma das mais bravas atitudes que se pode ter: Próximo ao final da história, Bilbo está na montanha próximo a contemplar o dragão que guarda todo o tesouro. Ele está sozinho no escuro, ele conseguia ver ao longe o brilho do fogo do dragão, mas não a criatura por completo. Foi nesse momento que Bilbo parou, seguir naquele caminho era o ato mais corajoso que já tinha feito, todas as coisas que aconteceram antes daquele momento não eram nada comparadas aquilo. Ele enfrentou a verdadeira batalha naquele lugar, sua luta interna para continuar em frente e enfrentar o grande perigo que estava logo ali.

É muito interessante dizer que sua verdadeira batalha pode não ter sido com o dragão e sim com ele mesmo, aquela famosa batalha interna que em diversos momentos nos vemos destinados a enfrentar algumas vezes ao passar dos anos. Ele sabia o que lhe aguardava a frente, o perigo que estava a frente, ele se preparou e continuou. Aquela simples ação de continuar em frente foi a mais corajosa decisão que Bilbo tomou em toda a história. Uma afirmação e tanto, não? E ainda assim verdadeira, tomar a decisão de fazer algo não importando o que pode haver a frente, essa sim é uma atitude verdadeira enfrentar riscos e dificuldades mas não recuar ante os desafios.

5. Uma ótima história sempre tem conflitos, dificuldade e aventuras: Imagine sua vida até o momento como um livro, uma história, pense em você sentado com seus netos suas aventuras, os casos de sua vida. E atualmente como seria ela? "Bem eu estudei, fui para baladas, ganhei um pouco de dinheiro, passei horas na frente do computador/televisão/celular, me casei", admita bem entediante, não? Agora e se as coisas fossem um pouco diferentes, "Eu explorei... Eu viajei.... Me apaixonei.... Eu ganhei e perdi.... Eu brinquei.... Eu superei....", Não apenas daria uma história muito melhor, como também faria você ficar muito mais satisfeito com sua vida.

J.R.R Tolkien concorda com isso. "É estranho, mas as coisas boas e os dias agradáveis são narrados depressa, e não há muito que ouvir sobre eles, enquanto as coisas desconfortáveis, palpitantes e até mesmo horríveis podem dar uma boa história e levar um bom tempo para contar." Eu interpreto que as coisas que são boas "não são muito para ouvir"; e isso é muito presente na vida do Bilbo. Existe uma magnitude. É só analisar: de todas a vida de Bilbo, sabemos pouco. É brilhante, mas é uma centelha. Nem a narrativa de O Hobbit traz toda a completude e complexidade. Ali é somente um ano da vida dele. E mesmo contando outros escritos, a vida de um ser é maior que qualquer história. Tolkien nos narra a aventura dele, mas isso não quer dizer tudo que habita nas memórias dele. Tem momentos que nós queríamos que tivessem mais tempo nessa narrativa. Mas essa é a narrativa, e não a vida. Vendo de outra maneira, existe uma [crítica] ênfase nos acontecimentos ruins. A tragédia chama atenção. Encontramos muito disso nas histórias que Tolkien leu e estudou: Beowulf, Kulervo, A Canção de Rolando. Existe uma ênfase maior na tragédia, e seus apogeus servem também para explicar/intensificar a caída tártara, e a cartase também. Aristóteles fala que a tragédia resulta numa catarse da audiência e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado

Essa segunda parte, Bilbo vivenciou, mas não tem a consciência disso. Por isso ele estranha e se pergunta sobre. Mas ele é prova/resposta da sua própria pergunta. São as dificuldade, tragédias, narradas que também contam sobre sua vida não apenas os bons momentos devem ser compartilhados e repensados mas sua vida como um todo, nos seus melhores altos e baixos.

Agora compartilhe conosco, que outras lições você tirou para sua vida de O Hobbit ou de outras obras de Tolkien.

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